Na biblioteca há uma secção chamada Textbook Section, em que um funcionário nos entrega um livro em troca de uma ficha pessoal. Normalmente, o estudante pesquisa o catálogo e indica-lhe o código do livro a requerer. Ele procura nas estantes e, uma vez encontrado, entrega-o contra a dita ficha.
Ontem, no entanto, enquanto que eu passava por esse processo e requeria um livro, reparei numa das estantes num outro livro de que eu precisava e que eu procurava há muito tempo. Indiquei-lhe que gostava de requerer aquele livro também. Como o funcionário não fala inglês bem, era escusado eu indicar o título. Apontei então com o dedo, referindo que era the green one, a menos de dois metros dele.
A secção estava deserta e o funcionário não tinha mais nada que fazer, do que ler o jornal do dia. Mesmo assim, sentou-se e recusou-se a dar-me o livro, comunicando que eu precisava de ter o código. "Mas é esse o livro que eu quero, tenho a certeza", referi, timidamente. Nada feito. Para ele o procedimento (inventado por ele mesmo) é sagrado: ver no catálogo e indicar-lhe o código. Outra coisa era inovadora, logo impossível.
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