Ontem, ao início da noite, uma palestra sobre Caxemira e as leis internacionais, no refeitório de uma residência. Bancos alinhados, dezenas de estudantes escutando três ilustres oradores.
Uma advogada, senhora-rebelde e anti-poder, defensora da causa de Geelani e Afzal, dois dos caxemires acusados de envolvimento no ataque terrorista ao Parlamento indiano, em 2001. Filha de um dos burocratas mais poderosos das últimas décadas, ela pega em causas em quem ninguém mais quer pegar, que todos receiam. E isso significa vir falar em espaços como a JNU.
Um professor comunista e um outro advogado no Supremo Tribunal completam a tribuna oratória. Está frio e escuro. Numa mesa ao lado dos oradores ainda estão amontoados dezenas de tabuleiros sujos, com restos do jantar. Um gato preto entra e serve-se. Ninguém repara. O debate continua, até depois da meia-noite, aquecido por pequenas chávenas de chá.
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