Lendo
este bom artigo sobre o fenómeno da resistência naxalita no interior e leste do país, lembro-me da transformação semântica de que a palavra "affected" tem sido alvo na Índia, nos jornais e até nos debates universitários da JNU que primam pelo politicamente correcto. Já não se fala em Naxal-
affected districts, mas em Naxal-
infested districts ou Naxal-
infected districts. Subtil e simbólico.
Os naxalitas são terroristas "mitigados" que têm sido exterminados pelo governo. São a principal ameaça ao desenvolvimento económico e progresso, nomeadamente nos estados subdesenvolvidos tribais do Bihar, Orissa, Jarkland e partes do Bengala Ocidental. No entanto com os 9% de crescimento económico, são cada vez menos e têm vindo a integrar o sistema político. Todos os problemas de um país assentam primordialmente nos problemas económicos. A partir do momento em que a União Indiana se torne um país desenvolvido (segundo as últimas estimativas em 2020-2025) todos esses problemas já se teram esvaziado.
ResponderEliminarPor outro lado gostaria aqui de dizer que é mais correcto dizer-se "União Indiana" que Índia, até porque Índia pressupõe a existência apenas dos estados (dada a natureza quase federal do país) e exclui os territórios da União que incluem os território libertados de Damão e Diu, Dadra e Navagar, e até a própria capital do país, Nova Deli, entre outros. A Índia é um dos poucos países que integrou vários estados independentes mesmo depois da independência da Índia como o Sikkim, Manipur, Nagaland ou Mizoram. Por outro lado a Índia reivindica o estado INTEGRAL de Jammu e Kashmira sob ocupação do Paquistão e o Aksai Chin sob ocupação da China. Estes territórios são fundamentais à Índia porque lhe permitem o acesso à Ásia Central. Já agora pergunto-lhe se já foi ao deserto do Thar no estado árido do Rajastão... é uma experiência inesquecível... Sim... é possível andar de camelo na Índia!!! Pelo que li, já visitou todos os estados da União, ou estou enganado? Cumprimentos e fique certo que terá sempre aqui um LEITOR que estará sempre atento aos seus ERROS e FALÁCIAS, apontando-as sempre que possível, sem que isso signifique qualquer insulto. Dê mais importância aos aspectos substanciais do que aos aspectos formais.
PS: Em relação ao outro post... Sim, a Índia é o 2º país do mundo com mais muçulmanos (só perde para a Indonésia). Já ultrapassou o Paquistão há muito tempo... Isso pode ser consultado em qualquer página da web (nomeadamente wikipedia). Admira-me que uma pessoa com a sua inteligência e perspicácia desconhecia um facto há muito banalizado e reconhecido universalmente.
Caro observador, atento leitor,
ResponderEliminarenvergonho-me de ter de recorrer ao seu citado e querido wikipedia para o desdizer: segundo essa mesma fonte, 97% da população paquistanesa (166 m) professa o Islão, portanto sensivelmente 161 milhões. Ainda segunda essa mesma fonte, já na página da Índia, refere-se que 13,4% dos indianos professam o Islão, portanto sensivelmente 138 milhões.
Provavelmente para sua grande desilusão, e para toda a banalidade e universalidade que invoca, a Índia mantém-se assim no "terceiro lugar", sem "ultrapassar", ainda, o seu rival.
Dada a sua mais que comprovada inabilidade e incapacidade para consultar fontes, aqui deixo o link: http://en.wikipedia.org/wiki/Islam_by_country
ResponderEliminarDe qualquer modo, espero que não se envergonhe tanto pelo seu erro sistemático mas mais por persistir nele
Penso que vem a propósito citar o grande poeta Camões, que, com grande presciência, nos seus Lusíadas (Canto V, estrofe 1112) já dizia:
ResponderEliminar"Munidos de wikipedia virão cá ter
Pessoas espertas, mas mui ressentidas –
Que por não terem mais nada que fazer
Aqui se comprazem em investidas.
'Mas porquê?' pergunta a Musa benfazeja
'Se a Índia é lugar imenso, de desertos
Onde a vetusta raça dos camelos sobeja
Para prazer de 2334 povos (números certos!)'".