segunda-feira, 16 de abril de 2007

Confiando: Jornais

Recebo todas as manhãs vários jornais de que sou assinante. Por norma, o respectivo rapaz que os distribui, de bicicleta, não nos cobra a conta por vários meses. Quando mudámos de apartamento, para umas ruas mais a Norte, e nos esquecemos de lhe indicar a nova morada, os jornais aparecerem antes que nos pudéssemos lembrar do nosso esquecimento, dois dias depois, à mesma hora madrugadora de sempre. Uns meses depois, ao entregar-me a conta, esperava um comentário dele, nem que em tom jocoso (com que então, a tentarem escapar-se de mim), mas nada. Só o habitual sorriso.

2 comentários:

  1. Nos portais de notícias brasileiros, li que o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, encontra-se na Índia, assim como o presidente da Bielorússia, o último ditador europeu Lukashenko. O Brasil forma com a Índia o IBAS, o G-4 e o G-20, e quer aumentar o comércio bilateral. O Presidente português Cavaco Silva, na sua visita oficial à Índia, disse que Portugal poderia servir de ponte para Índia entrar no Brasil? Será que a civilização mais antiga do mundo, a maior democracia do mundo e o 2º mais populoso país do mundo precisa de Portugal para tal desiderato?
    Espero que, nas suas funções, consiga relatar alguns resultados que a visita oficial de Cavaco Silva trouxe para o desenvolvimento de Portugal. Ultimamente nos seus relatos tem-se preocupado mais com o acessório do que com o essencial.

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  2. é muito engraçado este teu estilo de escrita em que relatas pequenos episódios fora do comum sem fazeres um juízo de valor ou sem nos indicares porque os escreves.

    O leitor, a quem esses episódios parecem cenas de um distante e diferente dia-a-dia, força-se a aperceber-se da estranheza dos relatos, caso contrário não os escreverias.

    Ao relatares com impassividade cenas tão exóticas, és um pouco como os humoristas britânicos, que debitam as piadas mais hilariantes sem o simples esboço de um sorriso.

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