De viagem, quando entramos num hotel para vermos a oferta de quartos, mostram-nos quase sempre o quarto em pior estado na categoria de preço que indicamos preferir. Só ao ameaçarmos procurar um outro hotel é que nos mostram os quartos melhores na dita categoria, ou mesmo quartos de categoria superior, ao mesmo preço ou até a um preço inferior.
Ao longo da estadia avolumam-se, depois, os defeitos: por baixo do cobertor a roupa de cama está esburacada e suja, a televisão, a ventoínha e o autoclismo não funcionam, o quarto ao lado é ocupado por dez estudantes barulhentos, há infiltrações, a janela não abre (ou não fecha), ao lado do hotel reina uma discoteca de noite, um terminal rodoviário de madrugada e uma escola primária de manhã. Etc.
Há ainda as várias taxes com que muitas vezes nos gostam de brindar aquando da apresentação final da conta, a súbita mudança do horário de check-out (logo: uma hora a mais equivale a pagar mais um dia inteiro) e as informações erradas que nos indicam em relação à partida do comboio ou do autocarro (logo: necessidade de ficar mais um dia e voltar ao hotel). É uma perspectiva generalizada, mas tudo parte das minhas experiências hoteleiras subcontinentais.
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