Mas para além dos contrastes, a Gurgão farestina também é uma terra de oportunidades, o sonho dos mortais comuns. É possível penetrar o íntimo interior das torres, e todos o sabem, todos o tentam, quase todos o conseguem. Uma vez no seu interior, é subir, piso a piso, até atingir o topo. E no topo há uma plataforma de aterragem para os helicópteros que rasgam o próprio céu.
Gurgão é cosmopolita. Aqui a casta, a língua e outras bagagens culturais são desinteressantes, embora ainda presentes. Para além dos imigrantes do resto da Índia, Gurgão atrai também milhares de jovens, de todo o mundo. Especialmente de países desenvolvidos, da Europa e da América do Norte. Também para eles, recém-licenciados, desempregados ou simplesmente desiludidos, Gurgão é uma terra de oportunidades.
Gurgão encontra-se em eterna construção e ebulição. Tal e qual os xérifes vintecentistas norte-americanos, faorestinos, aqui os polícias andam à caça de gangues criminosos (que também procuram penetrar as torres), há tiroteios e mortes. Há restaurantes e discotecas, mais ou menos cosmopolitas, há restaurantes e, acima de tudo, há muita luz néon, colorida, intermitente.
Para mim, e demais observadores externos e visitantes pontuais, Gurgão representa o fim do mundo e assume assim atributos ameaçadores. É justamente por isso que Gurgão reflecte também o início de um outro e novo mundo. Gurgão é fim e início, ao mesmo tempo.
Com certeza que as cores néon assumirao tons azuis e brancos, no próximo fim de semana, para prestar uma merecida homenagem ao FC Porto, campeao dos campeoes e maior clube do mundo. Com certeza que Deli e toda a Índia parará para ver o jogo decisivo contra o Aves e depois... A GRANDE FESTA!!!
ResponderEliminarPinto Da Costa
Espero que não...
ResponderEliminarLuís Filipe Vieira