quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Emigrante 1

De cada vez que eu sei de alguém que vem de Lisboa para Deli, faço imediatamente uma nota mental para pedir que me traga uma extensa listagem de produtos demonstrativos da minha crescente identidade de emigrante. Comida: atum, azeite de oliveira, queijo flamengo (bacalhau ainda não, mas deve faltar pouco). Também o correio que chega para mim e se avoluma em cima da minha mesa lá em casa. Essencial: jornais do dia/da semana, especialmente para inspirar o saudoso cheiro a tinta e a papel e para analisar os novos grafismos, porque, de resto, pouco de novo há no panorama jornalístico português. Como dizia um amigo meu, também radicado na Índia: se Portugal mudou tão pouco em novecentos anos, porque é que há-de mudar tanto, de repente, nos poucos anos em que eu não estou por lá?

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