Mumbai, Mumbay, Bombay ou Bombaim? Os pós-colonialistas têm muito de revisionismo histórico e - fruto da variante indiana, de tons nacionalistas também - por isso Bombay é hoje Mumbai. Em inglês e em hindi. Para nós (isto é, para mim), permanece Bombaim, em honra ao passado português da cidade e a todo o rico trabalho e memória que já se encontram associados a essa variante há muito tempo no espaço lusófono. Bombaim não é Mumbai. Aliás, mesmo em inglês, Mumbai é outra cidade que Bombay. Coisas diferentes, não só em termos temporais. Os nacionalistas hindus podem brincar aos nomes, mas para a língua portuguesa fica tudo na mesma: Bombaim.
Há, claro, o chico-espertismo do costume em Portugal que leva a monstruosidades híbridas que só, e mais uma vez, demonstram a submissão a enorme facilitismo. Já vi por aí um nojento Mumbaim (não me lembro onde) e subsiste, claro, a ignorância: no caso, a RTP (ou Lusa), todo um texto refere-se a Bombaim, mas os ricos conhecimentos geográficos do autor levam-no a falar repetidamente de... Mombaça, do outro lado do Índico. Mas não sejamos tão pessimistas. Foi perto, quase que acertava!
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