É supostamente um dos marcos patrimoniais mais importantes de Deli. O India Gate, imponente e oposto ao Palácio Presidencial Rashtrapathi Bhawan, foi construído, ainda na época colonial, em memória dos mais de 90 000 soldados indianos que pereceram na 1ª Guerra Mundial ao serviço dos britânicos. A adaptação pós-colonial encontra-se no meio, por baixo do arco: é ali que arde a Amar Jawan Jyoti, a chama que honra e memoriza todos os soldados-mártires da República da Índia.
Os três braços das Forças Armadas da Índia revezam-se na guarda, em partes iguais de oito horas cada por dia, sob olhar atento das suas respectivas bandeiras. Mas, formalidade, história e honra à parte, o India Gate é hoje pouco mais do que um local de convívio para turistas indianos e para, ocasionalmente, uma paragem apressada de um grupo de turistas estrangeiros. Sob olhar atento de polícias fortemente armados, há dezenas de vendedores ambulantes que vendem de tudo um pouco: pipocas, balões, brinquedos e gelados. Nos relvados circundantes amontoa-se o respectivo lixo.
Quando está muito calor, no verão, as crianças dos turistas domésticos chapinham na água suja (mas limpa, para eles) de dois canais paralelos à avenida e ao arco. A política só aqui chega quando, muito raramente, alguma associação convoca um protesto ou uma manifestação. Nesse caso os turistas fogem e a polícia aperta o cerco e a concentração tem boas hipóteses de acabar com umas bastonadas. Mas nunca chega a martírio.
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