sábado, 30 de junho de 2007

Lula, a Índia, os portugueses e a distância

Lula disparou que a única razão que o impediria de vir "a nado" para a Índia seria seu "problema de bursite"."Não me dêem a desculpa da distância. Não existe tanta distância porque antes se gastava meses, hoje se gastam horas", afirmou, em improviso, ao final do discurso. "O (José Sérgio) Gabrielli disse que viajou 19 horas (para chegar a Nova Délhi) e que chegou cansado. Eu viajei, da minha terra natal a São Paulo, 13 dias em um pau-de-arara e não cheguei cansado", completou, referindo-se ao presidente da Petrobras.

1 comentário:

  1. O Brasil está a anos luz de Portugal no que se refere às relações com a Índia. Criaram o G-3 (Índia, Brasil e África do Sul), e estão juntos no G-4 (que visa a obtenção de uma vaga no Conselho de Segurança nas Nações Unidas) e no G-20 (nas negociações da OMC). Ao contrário de Portugal que só se lembrou da Índia quando todo o resto do mundo já se tinha dado conta do seu poderio, Portugal esperou até este ano para promover uma relação mais próxima, e mesmo assim, ainda muito incipiente. Esperemos que os empresários portugueses despertem para a Índia e transfiram para lá os seus investimentos. Porque certamente não vai ser a Índia a procurar Portugal, e quem perde o barco da oportunidade que se chama Ásia (Índia além de China, Vietname, Singapura, Hong Kong, Malásia e Filipinas, isto para não incluir a própria Arábia Saudita e o Irão), não tem muito de que se queixar no futuro.
    Uma visão euro-atlântica (EUA, Europa + Brasil e África- nestes últimos casos em termos displicentes) como a que domina Portugal está mais que caduca e fora do contexto actual.
    Estou certo que as suas conferências em Portugal terão contribuido para despertar maior atenção para o que se passa na Ásia e que este seu blogue revelará as oportunidades de negócios existentes nessa região do mundo.

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