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O problema é que os mascantes indianos não se dão conta do facto e, enquanto lhes escorre um fio vermelho pelo lábio abaixo e vão cuspindo um ou outro caroço pequeno, falam como se nada fosse. Vamos então ao que mais interessa: as paredes. Sim, uma parede branca ou recém-pintada - e não o Paquistão - o o alvo a abater. Terminado o deleite da mascança dionisíaca, cospem o resto todo (um líquido avermelhado com resíduos) para fora, para onde mais calhar. Por motivos misteriosos, as esquinas das escadarias dos prédios são os locais mais apetecíveis para o acto.
Neste caso (imagem), louvável mas pouco eficiente como se poderá observar, num museu de Varanasi, houve quem colocasse um balde cuspidor. É visível que a pontaria não é muita. Noutras escadarias há insistentes placas, a cada andar, rogando "Don't Spit Here", alguns prometendo mesmo multas. Portanto, quando vierem à Índia, já sabem: cuidem-se do paan e nunca parem mais do que um segundo numa esquina.
Delicioso... Enfim... talvez não seja este o termo mais correcto para definir o episódio. Mas é sem dúvida um hábito muito interessante... Faz lembrar aquele hábito dos tugas, também de cuspir, mas a sua própria saliva (para ser simpática), pelas ruas, por todo o lado e não apenas nas esquinas... Pois é... o mundo é uma ervilha!
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